segunda-feira, agosto 14, 2006

Três pontos, quem sabe quatro

O América/RN tem um retrospecto curioso na equilibradíssima Série B do Campeonato Brasileiro. Passadas 16 rodadas, o clube está com 19 pontos, 3 acima da zona de rebaixamento. O time realizou 9 jogos fora de casa, empatou 1 e perdeu 8, o último, na terça-feira passada, para o Avaí. Em casa, jogou 7 vezes, foi derrotado na primeira rodada para o Ituano e, a partir daí, venceu todas as partidas: Brasiliense, Sport, Remo, Ceará, Paulista e Vila Nova. Tem a melhor campanha dentro de casa e a pior fora. Como explicar tamanha discrepância entre os resultados?
A equipe, dentro das quatro linhas, é bem montada. Tem um excelente meio de campo, um bom ataque e uma defesa que possui jogadores bons individualmente mas que ainda pecam no posicionamento. Não creio que seja problema de ordem técnica ou tática.
Em uma entrevista, antes da viagem para a região Sul, aonde o América/RN enfrentaria Coritiba e Avaí, um dos jogadores do time deu indícios da razão do paradoxo. Perguntado sobre quais as expectativas para os jogos, o atleta respondeu: “Vamos lá pra tentar ganhar 3 pontos, ou, quem sabe, até 4”. Pensamento medíocre. Ao ouvir aquilo, tive certeza que voltariam, mais uma vez, sem nenhum ponto para casa.
Não sei, talvez seja uma questão de perspectiva. Mas, em dois jogos, melhor fracassar na missão de somar 6 pontos, ganhando 4, do que cumprir a de conquistar 3.
Enquanto o América/RN continuar pensando pequeno, permanecerá pequeno.

Um comentário:

Anônimo disse...

Longe de querer orfuscar o brilhantismo das palavras, gostaria tão somente de indicar ao jovem escritor que não utilizasse comparações tacanhas com o JK, pois a história comprova que o melhor JK está entre os mortos, lugar dos eternos. Para não perder o foco queria parabenizar as palavras tecidas, dizendo que realmente, pensar pequeno leva a pequenos resultados. Já pensou se o colombo tivesse se contentado com a história de que a terra era quadrada? DEUS SALVE O CAPITA